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Projeto Augmanity quer tornar Portugal centro da Indústria 4.0 com Bosch, IKEA e Huawei

Sapatos e exoesqueletos inteligentes são dois exemplos do que o consórcio Augmanity liderado pela Bosch Termotecnologia - inclui a Universidade de Aveiro, a IKEA e Huawei - quer criar. Investimento é de 20 milhões e 5G será fulcral para potenciar robótica colaborativa e ferramentas únicas "por trabalhadores mais eficientes, saudáveis e motivados".

 

É um dos projetos mais ambiciosos da Bosch Portugal (divisão de Termotecnologia) e da Universidade de Aveiro (que é o parceiro científico estratégico) e inclui um consórcio repleto de tecnológicas multinacionais onde estão IKEA, Huawei, Fraunhofer, OLI, Altice Labs, entre outras. São mais de 255 as pessoas envolvidas (das várias empresas e entidades participantes).

"Trata-se de um projeto muito ambicioso para antecipar o futuro na indústria, não só das fábricas mas também do trabalho em geral", explica-nos Nelson Ferreira, responsável do projeto Augmanity que é também responsável pela área da Indústria 4.0 na Bosch. O nome evidencia desde logo o objetivo: "Vem de Augmented Humanity ou humanidade aumentada e objetivo é utilizar este ecossistema de empresas diferentes que conseguimos no consórcio para por à prova inovações que podem fazer a diferença".

No total são 20 milhões de euros de investimento (8,5 milhões vindos da Europa, do Portugal 2020), num projeto de investigação de três anos (até 2023) focado na implementação industrial do 5G e na criação de novos wearables que vão de sapatos inteligentes (com sensores que dão várias indicações, sobre a distribuição do peso e a postura) aos exoesqueletos que auxiliam em tarefas mais exigentes.

Aparelhos (wearables) de pulso são possíveis, mas óculos de realidade aumentada não estão no projeto embora exista tecnologia que faz uso deles (ver no fim). A ideia passa por integrar novos sensores, apostar na conetividade 5G para integração robótica e criar tipos de software com inteligência artificial "não só para melhorar a eficiência, como a saúde dos trabalhadores". "E queremos não só fazer protótipos como soluções avançadas que cheguem depois ao mercado através dos parceiros", garante Nelson Ferreira.

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Noticia Dinheiro Vivo  30 de abril 2021